Publicado em May 15, 2019, 8:58 a.m.
Entre os dias 13 e 15 de maio, acontece em Montes Claros o curso de Agroindústria, voltado para organizações de todo Cerrado brasileiro que fazem parte do Projeto DGM/FIP/Brasil (Mecanismo de Apoio Dedicado aos Povos Indigenas e comunidades tradicionais do Cerrado Brasileiro). O encontro vai acontecer na Área de Experimentação em Agroecologia, localizada a 33km de Montes Claros, e conta com visita de campo na fábrica de beneficiamento de polpa de frutas e de óleo da Cooperativa Grande Sertão.
O objetivo da atividade é apresentar possibilidades de agregação de valor à produção primária para as organizações e grupos, como também desenvolver habilidades para planejar, organizar e realizar o processamento para comercialização dos produtos da sociobiodiversidade brasileira.
O curso busca formar os participantes em consonância com a legislação vigente, mantendo a resiliência característica dos modos de produção dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais e identificando caminhos seguros para o correto posicionamento desses produtos no mercado.
O especialista da EMBRAPA, Fênelon do Nascimento Neto, é um dos palestrantes do evento.
“Estamos aqui com os nossos parceiros e futuros parceiros, visando construir uma consciência dos produtores e processadores e defendendo o interesse do consumidor; a qualidade e a segurança na compra de um produto. ”
O curso é uma parceria da Agência executora do projeto, Centro de Agricultura Alternativa do Norte de Minas, em parceira com a Cooperativa Grande Sertão, Cooperativa Central do Cerrado e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
A quebradeira de coco Eva Gonçalves da Associação em Áreas de Assentamento no Estado do Maranhão (ASSEMA), do projeto Riquezas do Mearim, conta que está muito feliz com o projeto e em participar do curso.
“Através desse projeto vamos ter uma produção de horta e a casa do azeite, que vai ser um auxílio muito grande para as quebradeiras de coco e todos que moram na comunidade. Por que não temos com escoar os nossos produtos para a cidade e também não é valorizado o produto, então estamos buscando soluções e o projeto está trazendo para a gente, uma solução. ”
Participam da atividade cerca de 35 pessoas, entre elas gestoras de organizações como; Associação Indígena Xacriabá, Associação Culta Kor, Instituto Sustentar, Associação da Comunidade Negra Rural Quilombo Ribeirão da Mutuca, Associação Regional das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Bico do Papagaio, Associação Hanaiti Yomomo, Associação da Comunidade Indígena Kaxixó, Associação de Remanescentes Quilombolas de Pedra Preta, Associação dos Pequenos Produtores Rurais das Comunidades de Aguaçu, Monjolo e São Manoel do Pari.