Publicado em 19 de Fevereiro de 2018 às 17:44
Na região da Morraria (MT) há em torno de 120 famílias tradicionais morroquianas espalhadas em 15 comunidades, em uma área de 11 mil hectares. Desde a década de 90, o cenário dessa região vem sofrendo mudanças, em razão de desmatamentos para investimento em monoculturas de pastagens e de plantações exóticas como a Teka. Hoje, as nascentes e os córregos estão secando e as vegetações nativas desaparecendo, comprometendo a sobrevivência desse ecossistema e dessa população.
As famílias dependem da água para continuar suas atividades produtivas. Atualmente são abastecidas com a água de um poço, que também é usada para processar e beneficiar o mesocarpo do babaçu para a fabricação da farinha que, por sua vez, é usada na produção de pães e biscoitos fornecidos para a alimentação de 580 estudantes da Buriti, escola rural da comunidade. O grupo, por meio da Associação Regional das Produtoras Extrativistas do Pantanal, pretende se organizar e investir no beneficiamento de outros produtos nativos do Cerrado e na produção de hortifrutigranjeiros. Mas, para isso, é necessário reparar esses problemas.
Dessa maneira, o projeto A sociobiodiversidade do Cerrado da morraria como herança do futuro visa contribuir para gerar conhecimentos e aprendizados sobre os impactos da degradação socioambiental e viabilizar ações de reparação, recuperação e preservação dos recursos naturais com vista à sustentabilidade das comunidades da Morraria.
Resultados esperados: Elaboração de mapa etnoambiental; Mobilização das comunidades para reparação ambiental; Construção e implementação de viveiro de mudas; Conquista de conhecimentos sobre reparação e proteção ambiental, além de ervas medicinais do Cerrado, pelos alunos e pelas alunas da escola Buriti; Recuperação ambiental de 02 grotas; Realização de gestão operacional e monitoramento.
Recurso e duração do projeto: O total do valor destinado ao projeto é de R$ 195.000,00 e o projeto tem duração de 29 meses
Janela: Gestão de Recursos Naturais