Publicado em 19 de Fevereiro de 2018 às 17:47
A falta de água ocasionada após a construção e a operação da barragem de uma usina hidrelétrica que dista aproximadamente 30 quilômetros da aldeia Porteira (TO) provocou o ressecamento do solo. Uma vez que o nível do rio Tocantins passou a ser controlado pela abertura e fechamento das comportas da usina, o solo não concentrou a mesma quantidade de umidade de antes.
Soma-se à construção da barragem a inserção do gado como compensação pela construção da usina, que passou a ter acesso às fontes de água e riachos da aldeia. Além disso, o pisoteio dos animais nas proximidades das fontes se tornou uma preocupação, pois várias nascentes já secaram, houve diminuição do nível de água dos rios e riachos, e o entorno foi tomado pelas erosões.
Sendo assim, a escassez de água prejudica a manutenção da vida e da cultura na aldeia Porteira. A produção do artesanato de capim dourado e buriti deverão ser muito afetados com a falta d’água, o que poderá comprometer a geração de renda de muitas famílias que dependem dessas espécies para sobreviver. Frente a essa situação, a Associação Indígena Nrõzawi, por meio do Projeto de gestão territorial e ambiental da aldeia Porteira, pretende resolver esses problemas via ações de mapeamento de áreas de abundância, restauração de nascentes e recuperação ambiental de áreas degradadas e o fortalecimento cultural da população Xerente da aldeia.
Resultados esperados: Realização de mapeamento de áreas de abundância no entorno da aldeia porteira, junto com parceiros; Restauração de cinco hectares de áreas de nascentes; Realização do gerenciamento, monitoramento e avaliação do projeto; Contribuição para o fortalecimento da organização e gestão da associação.
Recurso e duração do projeto: O recurso total destinado ao projeto é R$ 189.418,00 e tem duração de 30 meses.
Janela: Gestão de Recursos Naturais
