Publicado em 13 de Março de 2018 às 10:48
Desde que os Krahô-Kanela ocuparam a Terra Indígena Mata Alagada (TO), em 1964, vivem em constante estado de vulnerabilidade, decorrente da expansão agropastoril que vem se estabelecendo no entorno da terra indígena. A região tem como perfil o agronegócio, com grandes fazendas para criação de gado destinado ao mercado consumidor externo e para produção e exportação de soja, que vem causando desmatamento, envenenamento e assoreamento dos rios, lagos e lagoas, expulsando os animais nativos e levando-os a buscarem refúgio da Mata Alagada. Essa situação tem atraído pescadores, caçadores e madeireiros que furtivamente entram no território para práticas de crimes ambientais com efeitos desastrosos para a segurança alimentar e nutricional e integridade do território Krahô-Kanela, promovendo um clima de insegurança e vulnerabilidade.
A solução encontrada para o enfrentamento da situação é fazer a vigilância e fiscalização permanente do território. Para isso, o Projeto Irom Cati, conduzido pela Associação do Povo Indígena Kraho-Kanela (Apoinkk), tem por objetivo envolver toda a comunidade - anciões, anciãs, homens, mulheres e jovens - na vigilância contínua, para diminuição da entrada de caçadores, pescadores e madeireiros na Terra Indígena Krahô-Kanela (Mata Alagada), Aldeia Lankraré, no município de Lagoa da Confusão (TO), que tem um total de 31.000 hectares. As atividades de vigilância ocorrerão tanto na área já demarcada (7.612 hectares), quanto no território em que a demarcação está em processo de conclusão (24 mil hectares).
Resultados esperados: Vigilância e fiscalização da terra indígena krahô-kanela, denominada Mata Alagada; Realização de gestão, monitoramento e avaliação do projeto; Fortalecimento e conscientização participativa dos Krahô-kanela e divulgação das ações do projeto.
Recurso e duração do projeto: O valor total destinado ao projeto é de R$ 152.829,10 e com duração de 18 meses.
Janela: Gestão de Recursos Naturais